Manequim representando Oxóssi, orixá da caça e da fartura ligado à floresta, à árvore e aos antepassados. Foto: Josiel Santos (Biblioteca ICA)

A Biblioteca do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) abriga, de 17 a 28 de novembro, a exposição ‘O Sagrado’, coordenada pelo Coletivo de Estudantes Indígenas e Quilombolas do ICA (Coleiq).

Com o intuito de provocar reflexões sobre o apagamento histórico e o preconceito direcionado às religiões afro-brasileiras, a mostra traz representações dos Orixás, entidades que expressam forças da natureza, princípios éticos, saberes ancestrais e identidades comunitárias.

Os manequins, figurinos, tecidos, cenografias e ambientações expostos foram produzidos pelo Grupo de Dança Parafolclórica Saruê, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

Ao destacar elementos estéticos, cores, movimentos e narrativas que dialogam com os fundamentos das religiões de matriz africana, a exposição mostra a riqueza cultural e cosmológica desse sistema de conhecimento.

“Além de ser uma celebração da nossa ancestralidade, a mostra ‘O Sagrado’ é um convite para o aprofundamento crítico sobre a presença, os saberes e as espiritualidades de matriz africana na formação social brasileira. A iniciativa também promove o respeito às tradições religiosas e fortalece as práticas de letramento racial que contribuem para a superação do racismo estrutural”, afirma o bibliotecário Josiel Santos, subcoordenador da Biblioteca do ICA.

A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h, na Biblioteca do ICA, no campus Montes Claros.

Exposição ‘O Sagrado’
Local: Biblioteca Universitária José Carlos Valle de Lima, do ICA/UFMG
Data de visitação: 17 a 28 de novembro de 2025
Dias/horários: segunda a sexta, de 7h às 22h
Coordenação da Exposição: Coletivo de Estudantes Indígenas e Quilombolas do ICA (Coleiq)