“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas memórias póstumas”. Assim começa a narrativa do romance “Memórias póstumas de Brás Cubas”, escrito pelo célebre Machado de Assis. No livro, o Brás Cubas morto narra as memórias do Brás vivo, expondo inclusive seus defeitos, as futilidades e privilégios da elite brasileira do século XIX. Com um mesmo tom sarcástico e crítico, no cinema a obra ganhou vida duas vezes. Em 1985 foi lançado “Brás Cubas”, com direção de Júlio Bressane e em 2001, “Memórias Póstumas”, na versão dirigida por André Klotzel. Tanto o livro, quanto as adaptações cinematográficas trazem um convite à reflexão sobre a fragilidade e mesquinhez do gênero humano.
(Carla Pedrosa)