
Lívia Araújo / Biblioteca Universitária UFMG
Os livros levaram Dom Quixote à loucura. Ou assim argumentavam aqueles que queriam ver sua biblioteca em chamas. Na obra icônica de Miguel de Cervantes, o autor satiriza os populares romances de cavalaria da época, com um fidalgo que acreditava ser importante lutar contra moinhos de vento – ou seriam dragões cuspidores de fogo?
Neste ano, comemoramos 400 anos da morte de Cervantes, um espanhol que se dedicou à literatura após conturbada carreira militar. Releituras de Dom Quixote têm sido feitas por músicos, ilustradores, escritores e artistas de toda sorte desde sua publicação, em 1605.
Na Biblioteca Central da UFMG, edições de diferentes nacionalidades serão expostas para homenagear o “cavaleiro da triste figura”. Em setembro, a Divisão de Coleções Especiais e Obras Raras realizará uma exposição com 35 exemplares especiais e curadoria de Paulo da Terra Caldeira.
Com destaque para representações de Dom Quixote através do tempo, a mostra conta com nomes de célebres editores e ilustradores. Versões de luxo do impressor francês Didot L’Aîné, reproduções similares às primeiras publicações do século XVII, clássicos desenhos de Gustave Doré, mapas, fotografias e comentários sobre o desenvolvimento dessa grande história compõem a exposição.
(Lívia Araújo)

