
Carla Pedrosa / Biblioteca Universitária UFMG
Em homenagem a Manoel Bastos Tigre, primeiro bibliotecário concursado do Brasil, o Dia do Bibliotecário é comemorado em 12 de março, data de seu nascimento. Engenheiro, jornalista, poeta e teatrólogo, ele decidiu se dedicar à sua maior paixão: os livros.
Amor pela leitura foi também o que levou Wellington Carvalho e Anália Pontelo, gestores da Biblioteca Universitária da UFMG (BU), a escolherem a Biblioteconomia como área de atuação. “Sempre gostei muito de ler. Decidi, então, aliar o gosto pela leitura à formação profissional”, afirma Wellington. “Fui criada por uma mãe leitora, com pouco estudo formal, mas muita sabedoria dos livros. Todo fim de tarde nos reuníamos para ler. Esses momentos de descontração em família despertaram em mim o desejo de trabalhar com livros”, relembra Anália.
Em um bate papo, os gestores da BU apontaram os desafios dos bibliotecários na contemporaneidade.
Papel do bibliotecário na sociedade do conhecimento
Gestores da BU – Nós bibliotecários devemos ter, sobretudo, a habilidade de tratar aos outros com respeito. Cumprido esse primeiro passo, as questões de natureza técnica e administrativa se darão de forma mais simples.
Dentro do amplo leque de conteúdos na internet, além de selecionar aqueles que são relevantes para suprir determinada demanda, temos o papel de formar leitores capazes de utilizar as novas tecnologias em prol do conhecimento. É necessário também estarmos abertos ao novo, buscando atualizar nossos fazeres e mentalidade.
Desafio de ser bibliotecário e gestor
Gestores da BU – No livro “O monge e o executivo”, o autor James Hunter aponta que um bom administrador deve saber equilibrar o desejo de sua equipe com o que é necessário para fazer um bom trabalho. Lidar com as contingências do serviço público, administrar 25 bibliotecas, satisfazer as demandas e encontrar um denominador comum entre as expectativas da comunidade acadêmica são os principais desafios de ser um bibliotecário gestor.
(Carla Pedrosa)

