
Thaís Leocádio / Biblioteca Universitária UFMG
Tímida, elegante e dominava as palavras com carinho e encanto. Henriqueta Lisboa foi a primeira mulher a ingressar na Academia Mineira de Letras, em 1963. Nasceu no dia 15 de julho de 1901, na cidade de Lambari. Após receber o diploma de normalista, no Colégio Sion, de Campanha, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde seu pai, o deputado federal João de Almeida Lisboa, trabalhava.
Em 1926, publicou “Fogo Fátuo”, seu primeiro livro de poemas – com fortes marcas simbolistas. Já em 1931, recebeu o Prêmio de Poesia Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras, graças ao livro “Enternecimento”. Além de poemas, produziu ensaios, traduções e antologias. O lirismo de Henriqueta chamou a atenção de fortes nomes da literatura e das artes como Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Gabriela Mistral, seus contemporâneos. “Como escritora vivendo no meio intelectual dominado por homens, sua posição firme e audaciosa rompeu barreiras e respondeu de forma lúcida às críticas à sua poesia”, afirma a professora da Faculdade de Letras (Fale), Eneida Maria de Souza.
Em 1935, Henriqueta fixou-se em Belo Horizonte. Além do campo literário, atuou ainda no magistério, tendo sido inspetora federal do ensino secundário e professora da PUC Minas e da UFMG. Foi homenageada por sua obra completa em 1984, com o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. Faleceu em 9 de outubro 1985.

Thaís Leocádio / Biblioteca Universitária UFMG
Caminhar entre os móveis do escritório da poetisa é uma experiência emocionante. Recortes de jornais, fotografias, quadros, biblioteca, coleções, máquina de escrever, cartas… Tudo isso faz parte do acervo completo doado pela família de Henriqueta e reunido no terceiro andar da Biblioteca Central, onde está localizado o Acervo dos Escritores Mineiros.

Thaís Leocádio / Biblioteca Universitária UFMG
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